Após o período mais crítico da Covid-19, a preservação da saúde pós pandemia se tornou um dos maiores desafios para a Medicina do Trabalho. Os profissionais de saúde ocupacional atuam continuamente na elaboração e implantação de procedimentos que assegurem a segurança e a saúde no ambiente de trabalho.
Além dos riscos ocupacionais, a pandemia trouxe outros associados à Covid-19. A diferença é que esses riscos não se restringem ao local de trabalho e estão presentes em todos os ambientes, inclusive o doméstico.
Neste artigo, vamos falar sobre as mudanças na Medicina do Trabalho para manter a saúde pós pandemia no ambiente laboral. Continue conosco e boa leitura!
Os locais de trabalho devem estar adaptados para oferecer as melhores condições ao exercício das funções dos colaboradores. Entretanto, algumas atividades trazem riscos pelas suas próprias características.
A exposição a agentes físicos e biológicos e a manipulação de produtos químicos são exemplos de atividades que podem comprometer a saúde dos profissionais. Os efeitos desses riscos podem não ser imediatos e se manifestar somente com o passar do tempo.
As normas de segurança e saúde no trabalho visam prevenir acidentes e doenças ocupacionais. A Medicina do Trabalho, entretanto, tem uma atuação mais ampla. Por ser uma especialidade médica, ela visa não apenas a prevenção de doenças e acidentes de trabalho.
A Medicina do Trabalho deve atuar na promoção da saúde e da qualidade de vida dos profissionais em seus aspectos físico e mental. Consequentemente essa atuação se traduz em todos os ambientes sociais, inclusive no trabalho.
A Medicina do Trabalho não se restringe aos espaços de trabalho dentro das empresas e nas consultorias e prestação de serviços. Sua atuação passa pela rede pública, pelas assessorias sindicais e organizações de trabalhadores, bem como em perícias médicas e atividade docente.
A pandemia de Covid-19 colocou diante dos profissionais de saúde do trabalho o desafio de manter os colaboradores seguros não apenas no ambiente laboral mas também fora dele.
A pandemia de Covid-19 colocou em evidência as distorções no mercado de trabalho. Empresas grandes e bem estruturadas conseguiram estabelecer, ainda que com dificuldade, protocolos de segurança para diminuir os riscos de contaminação.
Empresas pequenas, entretanto, tiveram dificuldade de manter suas atividades e, não raro, negligenciaram as ações mais básicas de controle dos riscos de contaminação.
Profissionais autônomos, principalmente os informais, foram mais prejudicados em razão da contração da atividade econômica e da frequente dificuldade de acesso ao sistema de saúde.
A Medida Provisória nº 927, já revogada, estabeleceu, entre outras ações, a suspensão das exigências administrativas em segurança e saúde no trabalho, entre elas a realização de exames ocupacionais.
Acontece que a Medicina do Trabalho é a porta de entrada para muitos colaboradores que não têm acesso ao sistema de saúde. Sem o acompanhamento ocupacional, muitos profissionais deixaram de ter identificados não apenas problemas de saúde laboral mas outros não relacionados ao trabalho.
Como resultado, os profissionais de saúde se depararam com uma realidade em que os colaboradores acumulavam diversos problemas de saúde. Alguns relacionados às condições de trabalho e outros decorrentes da pandemia, tanto em consequência da Covid-19 quanto de seus efeitos psicológicos.
De acordo com levantamento realizado pelo Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho (Smartlab), foram concedidos 111,8 mil benefícios relacionados ao Covid-19, seja pelo código B34 (doença por vírus, de localização não especificada), ou do código U07(Covid-19). Esse número é mais que o dobro de 2020, quando as ocorrências com esses códigos somaram 50.971 afastamentos.
Aliados a esses números, evidencia-se a diferença em gestão de segurança e saúde do trabalho realizada em empresas de grande porte, que possuem uma equipe técnica e os recursos necessários e protocolos estruturados, e empresas que contratam prestadores de serviços para executarem a segurança do trabalho e precisam se adaptar.
A equipe de saúde e segurança do trabalho deve atuar no controle da contaminação dentro das empresas e adotar um check list de sintomas. É preciso uma nova avaliação dos riscos ambientais levando em consideração a necessidade de distanciamento, álcool em gel, higienização constante das mãos.
A adoção de novos protocolos de segurança deverá estar associada ao monitoramento de doenças psíquicas decorrentes do isolamento e do teletrabalho. O constante surgimento de subvariantes do vírus, impõe o monitoramento frequente da equipe e das condições de higiene.
Entretanto, o maior desafio que se impõe aos profissionais de saúde de segurança do trabalho é a formação de uma nova mentalidade. A saúde pós pandemia no ambiente de trabalho depende não apenas de ambientes adequados, mas de atitudes voltadas à prevenção.
O uso de softwares voltados ao controle da segurança e saúde no trabalho têm demonstrado a importância de ações integradas. Desta forma, tanto profissionais ligados à segurança e saúde, como engenheiros, técnicos, médicos e enfermeiros dispõem de condições de aplicar as melhores práticas.
A SD2000 é o 1º sistema de informatização integrada das atividades e da gestão de saúde, meio ambiente e segurança do trabalho. São 30 anos de atuação no desenvolvimento de sistemas que integram as informações, contemplando atualizações como a do E-social.
Portanto, para conhecer melhor nossas soluções e fazer a melhor gestão da segurança e saúde do trabalho em sua empresa, entre em contato conosco!